Algumas vezes escutei (ou escuto) colegas falar que o diagnóstico é fácil e o tratamento é que é difícil e me pus a pensar sobre o tema. Em realidade, o tratamento é, de fato, difícil mas o DIAGNÓSTICO é muito mais complexo. Por quê? É na fase de diagnóstico que se estabelece o compromisso de descobrir o que aflige o outro ser humano que procura por ajuda. São milhares de doenças que podem produzir sintomas similares aos das disfunções da ATM e temos (nós profissionais de saúde) de ter bastante segurança ao afirmar que o paciente tem um problema na ATM e que podemos tratar. Como saber que não é um câncer? Como saber que não é uma síndrome de alguma outra coisa qualquer? Quais exames e estudos tenho de fazer para me certificar de que ao tratar a ATM os sintomas irão regridir porque estou indo, de fato, na raiz do problema?Em resumo, o processo de diagnóstico é o mais trabalhoso e complexo pois requer uma visão ampla do quadro e, ao mesmo tempo, uma análise específica com uma correlação entre todos os elementos desde a anamnese (a entrevista inicial com o paciente), exame clínico e exames complementares em geral. Somente depois de todo esse processo é que uma solução poderá ser encontrada e um plano de ação poderá ser traçado.Esse "plano de ação" é que será o tratamento.
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